NOTÍCIA
 
12/01/2011
Desoneração da folha em pauta
 

Os custos de contratação de um empregado crescem cerca de 180% para a construção civil e, em torno de 120% a 130% no caso da indústria.A desoneração da folha de pagamento, apontada no discurso da presidente Dilma Rousseff como uma das prioridades do seu governo, tende a ganhar espaço na agenda de empresários e trabalhadores nos próximos meses. O assunto é recorrente há anos e, embora as partes envolvidas se posicionem sobre aspectos gerais da questão, não há uma proposta concreta que contemple demandas como redução de custos à empresa, com manutenção da renda do trabalhador e garantia de sobrevivência da Previdência Social.

"A legislação trabalhista, de 1949, não reflete mais as necessidades dos tempos modernos", diz o coordenador do Fórum Permanente em Defesa do Empreendedor e presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Chapina Alcazar. Ele explica que o órgão, formado por entidades empresariais e profissionais, discutiu vários assuntos em 2010 relacionados ao custo Brasil. "Há muitas reformas a serem feitas. Nesta semana, vamos escolher um tema e nos dedicar a ele até esgotá-lo", afirma.

A desoneração da folha de pagamento é um dos assuntos passíveis de ocupar o centro das discussões, mas o coordenador do fórum diz que dificilmente as reformas trabalhista ou tributária acontecerão antes da reforma política.

Fracionados – Entre as propostas sobre o tema, há a de redução da jornada de trabalho, que as entidades patronais trabalharam para não ser aprovada. "É um gasto grande de energia discutir assuntos fracionados", comenta Chapina.

Divulgação
"Os dados dos últimos anos mostram uma geração generosa de empregos formais sem redução de encargos", disse Carlindo de Oliveira, Dieese.Sob a ótica dos empresários, os custos de contratação de um empregado crescem (quando incluídos itens como férias, 13º salário, dias parados e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros) de 120% a 130% no caso da indústria; cerca de 180% para a construção civil; e de 80% a 90% no comércio, comenta o executivo.

O economista e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Roberto Macedo, propõe que primeiro se tire da previdência social a sua componente de contribuição dos trabalhadores. Esses benefícios, explica, ficariam por conta do orçamento geral da União e cobertos com seus tributos tradicionais, como Imposto de Renda (IR) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que eventualmente teriam suas alíquotas aumentadas. "Com isso, seria resgatado o caráter previdenciário do sistema de aposentadorias e pensões em que os trabalhadores participam do seu custeio, com alíquotas menores, mas ainda sobre a folha de salários", diz.

Os detalhes que envolvem a questão dependem de consenso entre patrões e empregados. Os representantes dos trabalhadores contestam que os encargos sobre a folha de pagamentos representam mais de 100% do salário paga ao funcionário contratado, explica o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlindo Rodrigues de Oliveira. Pelas suas contas, o percentual gira em torno de 25%, considerando 20% de contribuição patronal ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); 2% de seguro de acidente de trabalho; 2,5% de salário-educação; 0,2% para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); mais as contribuições para o Sistema S.

"O Dieese não considera encargos itens como um terço das férias e FGTS. São salários", afirma. "Os dados dos últimos anos mostram uma geração generosa de empregos formais sem que tenha havido redução de encargos. A geração de emprego depende mais de ambiente propício para investimento e consumo do que da redução de encargos", diz. O movimento sindical, acrescenta, não é contrário à desoneração da folha, "desde que se mostre quais são as fontes substitutivas para o financiamento dos programas financiados pela folha de pagamento".

Fonte: Diário do Comércio, Letícia Moreira/Folhapress.

 
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