NOTÍCIA
 
14/01/2014
Jornada menor, mas problemas maiores
 

A redução da jornada de trabalho – de 44 para 40 horas semanais – será sem dúvida uma das mais importantes bandeiras hasteadas neste ano de eleição. Foi o que deixou claro, em recentes declarações, Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul e presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul - Fetracom/MS.

Sustenta o sindicalista que que a redução de jornada se justifica porque ”atualmente um profissional produz muito mais, em quase todos os setores, do que os mesmos profissionais de anos atrás”. Isto se deve principalmente aos avanços tecnológicos, que segundo ele permitem uma produção mais rápida e de qualidade.

Além disso, ele utiliza como base para sua afirmação, alguns dados divulgados pelo Dieese que demonstrariam que os custos do trabalho no Brasil são baixos e, por esse motivo, a redução de jornada de trabalho linear teria impacto mínimo para as empresas.

Em relação ao primeiro argumento, este não se sustenta, até porque peca já na premissa. De onde se pode concluir que todo e qualquer trabalhador, nos mais variados ramos de atividade econômica, produz mais por conta do avanço tecnológico? Quem disse que em todos os setores empresariais houve ganho d e produtividade por conta desta premissa? Desta forma, a singela conclusão de Idelmar não se sustenta.

Quanto ao segundo argumento, os citados números do Dieese, vale lembrar que recentemente um estudo da Fundação Getúlio Vargas concluiu que o custo de um trabalhador para as empresas pode chegar a 183% sobre o a remuneração do mesmo, ou seja, quase que o valor de dois empregados para se pagar um.

Na verdade, uma forma simples e bem menos complexa para se elevara produtividade seria aumentar o processo de desoneração da folha de pagamento das empresas, que, como se sabe, é uma das mais altas do mundo.

De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria, o crescimento da produtividade das empresas brasileiras nos últimos anos foi de 3,7% , contra um aumento do salário médio (em dólar) da ordem de 111%. Ou seja, a elevação deste custo não está sendo compensada pela produtividade. Além do mais, já ficou comprovado que a melhor maneira de obter aumento de produtividade, quando adotada a redução de jornada de trabalho, é por meio de negociação coletiva – e não de forma linear, através de alteração de um artigo da Constituição Federal.

Se isso ocorrer, certamente muitas empresas brasileiras, por conta do acelerado processo de perda de competitividade que vêm sofrendo, vão fechar as portas. Com isso, os trabalhadores que perderão seus empregos, justamente por conta da redução linear da jornada de trabalho.

Fonte:Diário do Comércio

 
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