NOTÍCIA
 
28/01/2016
Endividamento é obstáculo para maior adesão
 

Termina nesta sexta-feira o prazo para enquadramento de micro e pequenas no Simples Nacional, regime simplificado de tributação criado há nove anos para aliviar a carga tributária que incide sobre as empresas desse porte. Neste ano,  porém,  há  uma  grande pedra  no  caminho de muitos empresários que desejam aderir ao sistema: os reflexos da desaceleração econômica, que complicam a tarefa de manter as contas em dia.

Especialistas na área contábil constatam que o ritmo de migração das empresas para o Simples encontra-se estagnado desde o segundo semestre do ano passado, mesmo após a publicação da Lei Complementar 147/2014, que ampliou o leque de atividades aptas a se enquadrar nesse regime tributário.

"Muitas empresas estão reduzindo seu faturamento, o que, em princípio, permitiria a adesão ao sistema [já que existe um teto para enquadramento], mas esbarram nas pendências financeiras com órgãos tributários, como a Receita Federal", diz o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Márcio Massao Shimomoto. "Muitos associados relatam que a situação de alguns de seus clientes é muito delicada", acrescenta.

Um indicativo de que a recessão já bateu nos resultados das empresas em geral - e não só das micro e pequenas - é o fato de a arrecadação total de impostos, taxas e contribuições pela Receita Federal ter registrado no ano passado uma queda de 5,6%, para R$ 1,22 trilhão, menor valor nominal em cinco anos.

"Vários empresários gostariam de migrar para o Simples, mas estão endividados, sobretudo após o aumento de tarifas de insumos como energia e combustíveis, o que dificulta a quitação de débitos junto aos órgãos públicos", diz a sócia-diretora da LR Consultoria Contábil, Solange Vieira. "Alguns esperam mudanças na legislação ainda neste ano e preferem não se mover".

O diretor tributário da Confirp Consultoria Contábil, Welinton Mota, afirma que, no ano passado, a empresa recebeu 50 pedidos para migração para o Simples. Neste ano, prevê que não deve chegar a 20. "O problema de fluxo de caixa impede as empresas de quitar pendências e fazer a mudança", explica o executivo.

Para aderir ao Simples, basta acessar o site mantido pela Receita Federal para esse regime e seguir o passo a passo indicado. O sistema verifica pendências de natureza cadastral e fiscal - por isso, débitos em aberto com o governo, como dívidas que não foram negociadas, impedem que o processo de adesão seja concluído.

Se não houver pendências, a opção pelo Simples é confirmada. Se houver, é necessário procurar um contador para tentar regularizar a situação dentro do prazo. A Receita faz mais verificações automaticamente, portanto, não é necessário realizar novamente um pedido de adesão.

No caso da Contabilizei, escritório de contabilidade online, o movimento atual de migração para o sistema simplificado é caraterizado como "residual", ou seja, empresas que tentaram migrar para o Simples no ano passado mas não conseguiram por conta de pendências.

O CEO da companhia, Vitor Torres, reconhece as dificuldades do momento atual, mas acredita que são passageiras e que logo o Simples continuará a despertar o interesse dos empreendedores. "A simplificação tributária é um dos caminhos dos países desenvolvidos para fomentar a economia e caminhamos nessa direção, então o Simples sempre será interessante para o País", argumenta o empresário.

A lei complementar aprovada em 2014 incluiu 143 novas atividades no âmbito do sistema simplificado e passou a considerar apenas o faturamento como requisito para adesão, sendo o teto de R$ 360 mil para as microempresas e de R$ 3,6 milhões para as pequenas e médias.

A mudança provocou um salto de 125% no número de pedidos de adesão ao modelo simplificado no mês de janeiro de 2015, em relação a janeiro de 2014, passando de 223.076 pedidos para 502.692 pedidos, de acordo com dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), vinculada à Presidência da República.

Planejar é preciso

 
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