NOTÍCIA
 
01/04/2015
Busca por eficiência marca atuação dos negócios
 

O cenário macroeconômico desse ano combina menor ritmo da economia, alta dos preços da energia elétrica, redução do consumo de água, moeda desvalorizada e investimento em infraestrutura em declínio por conta da Operação Lava Jato. A conjuntura impactará os negócios das micro, pequenas e médias empresas, responsáveis por 27% do PIB. Maior necessidade de capital de giro, busca de novos mercados e ações de eficiência deverão nortear a agenda dos empreendedores, em um momento em que a ampliação do regime tributário Super Simples deve contribuir para a maior formalização e acesso mais facilitado ao mercado de crédito dos grandes bancos.

 Para o diretor da GO Associados, Fabio Silveira, neste ano a economia brasileira deverá apresentar retração de 1%, uma taxa média de juros de 12,8% e inflação de 7,5%. Os juros mais elevados se combinam à política fiscal mais restritiva e à redução dos investimentos em infraestrutura e da Petrobras. A massa salarial deve ter alta de 1% ante os 3,5% de 2014, o que deve levar o varejo a subir 0,5% - bem abaixo dos 2,2% apurados no ano passado. O crédito ao consumidor deve crescer 5% - quase metade dos 9% verificados em 2013 e bem distantes dos 17% de 2011.

Outro desafio é a alta de custos. A energia elétrica subiu cerca de 40% nos últimos meses, por conta do maior acionamento das térmicas, enquanto o consumo de água tem sido restringido em algumas das maiores capitais do país. Para João Carlos Gomes da Silva, diretor da área de empréstimos e financiamentos do Bradesco, cuja participação de micro, pequenas e médias empresas é de 93% na carteira total de clientes, a demanda de crédito nesse início de ano está em um patamar similar ao do ano passado. A alta dos custos de energia elétrica e a redução de consumo de água deverão fazer muitas empresas buscarem soluções para serem mais eficientes e reduzirem o consumo dos insumos. "Já começamos a notar um movimento nesse sentido e estamos preparados para oferecer linhas para essa tendência", diz o executivo. O banco projeta que o crédito à pessoa jurídica deve crescer entre 4% a 8% este ano.


Para o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto, a conjuntura atual impõe novo olhar sobre os negócios, com foco em eficiência e gestão. "Trabalhar o negócio da porta para dentro. Esse é o grande desafio dos pequenos empreendedores", destaca. Ele ensina que é preciso adotar estratégias inovadoras não só em produtos, mas também em gestão, com a melhoria de processos e qualidade de produtos e serviços, além da adoção de medidas sustentáveis que atendam às demandas dos consumidores e diminuam os custos da operação. Também é essencial que o empreendedor saiba interpretar o ambiente econômico. Isso significa vantagem competitiva. "Por isso, é extremamente necessário fazer um bom planejamento", completa Barretto.

A alta do dólar é outro ponto a ser observado no cenário. De um lado, ela torna o produto nacional mais barato, de outro, as importações mais caras. "Para as empresas que exportam, a alta do dólar já está contribuindo para tornar seus produtos mais competitivos. Neste primeiro momento, o impacto está ocorrendo principalmente na receita desses pequenos negócios, pois estão recebendo mais em real pelos seus produtos", observa Barretto.

O presidente do Sebrae ressalta que, no entanto, é importante que o empresário aproveite essa oportunidade gerada pelo aumento da competitividade de seu produto para se fixar de forma mais sustentável no mercado externo. "Ou seja, esse dono de pequeno negócio precisa se capacitar e pensar em uma série de aspectos. Conforme o produto, ele tem de adequar o que oferece às exigências e às certificações internacionais e do país para o qual pretende exportar. O empresário deve avaliar o cenário político, econômico, a legislação sanitária, a adequação de embalagens, hábitos de consumo e, até mesmo, questões de caráter comportamental e religioso do mercado em que pretenda atuar."

Outra novidade do cenário deste ano é a ampliação do Supersimples - sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas que unifica oito impostos em um único boleto e reduz, em média, em 40% a carga tributária. O novo regime tributário passou a vigorar em 1 de janeiro de 2015. De acordo com os dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, apenas em janeiro deste ano, mais de 502 mil empresas aderiram ao Supersimples, o que representa um incremento de 125% em relação ao exercício anterior.


Para Eugênia Regina de Melo, superintendente de estratégia para o microempreendedorismo da Caixa Econômica Federal, a ampliação do Supersimples ainda não teve impacto sobre a demanda do mercado de crédito, mas a medida irá aumentar a formalização das empresas e o acesso delas ao crédito. "Assim passarão a ter melhores condições de prazo e taxas", diz. O novo regime tributário também permite que os empreendedores ampliem a escala dos seus negócios, podendo se tornar mais competitivos. "Se as empresas derem esse passo, poderão ter necessidade de linhas de crédito com outras finalidades", observa.

O regime vale para as empresas com receita até R$ 3,6 milhões. O Supersimples estabelece como critério de adesão o porte e o faturamento da empresa, em vez da atividade exercida. Antes, não podiam participar empresas prestadoras de serviços decorrentes de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, entre outras. Agora, profissionais como médicos, advogados, jornalistas e várias atividades do setor de serviços passarão a ser contemplados.

A legislação aprovada ano passado trouxe outros benefícios. A estimativa de tempo de abertura da pequena empresa diminuiu. Com as novas regras, deverá cair para apenas cinco dias. O tempo médio de espera no País era de 107 dias. O mesmo deve acontecer com o prazo para o fechamento que também ganhará agilidade e, assim, haverá uma diminuição dos CNPJs inativos por excesso de burocracia.

Fonte: DCI

 
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